sábado, 26 de janeiro de 2013

Haddad diz que luz mais barata colocará R$ 1,9 bilhão no bolso do paulistano

Dilma conversa com funcionários do Samu antes de cerimônia que entregou ambulâncias e apartamentos em São Paulo (Foto: Adriano Vizoni/Folhapress)

Prefeito de SP participou com presidenta e ministros de entrega de ambulâncias e unidades habitacionais no aniversário da cidade 

Por Tadeu Breda, da Rede Brasil Atual

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse hoje (25) durante entrega de 300 unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida, na zona leste de São Paulo, que a redução imposta pelo governo federal à conta de luz fará com que trabalhadores e empresas paulistanas economizem juntos cerca de R$ 1,9 bilhão ao ano. "Com esse recurso, as famílias vão movimentar o comércio, aumentar seu consumo e seu lazer, ter mais acesso à cultura e poder pagar suas dívidas”, enumerou. "Vão poder comprar o que hoje não podem comprar."

O valor é resultado de cálculo realizado pela Secretaria Municipal de Finanças com base nos cortes de 18% na tarifa elétrica para consumidores residenciais e 32% para indústrias e estabelecimentos comerciais, que começam a vigorar ontem em todo Brasil. "Isso nunca aconteceu: o serviço público amadurecer e devolver à população aquilo que ela ajudou a construir. É uma mudança grande de postura em relação às concessões."

A cerimônia realizada no bairro Cidade Líder fez parte das comemorações pelo 459° aniversário de São Paulo, e também foi marcada pela entrega de 84 novas ambulâncias do Serviço Ambulatorial Médico de Urgência (Samu) para atender à população da cidade. Na programação estava ainda o início do processo de doação de dois terrenos municipais ao governo federal para que dê início à construção de um campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e de um instituto técnico federal, ambos na zona leste.

"Agora a universidade é de vocês", afirmou Haddad, ressaltando que o Congresso Nacional já aprovou a abertura de vagas para os cargos de professor e técnicos-administrativos que trabalharão nos campi. "Daí só vão faltar os alunos, e metade deles virá de escolas públicas. Vai ser um campus de primeira linha." No entanto, a doação só será concretizada quando a Câmara dos Vereadores aprovar os projetos de lei encaminhados pela prefeitura pedindo a transferência dos terrenos para o Ministério da Educação.

Defesa

Além do prefeito de Sâo Paulo, estiveram presentes ao evento a presidenta da República, Dilma Rousseff, e os ministros Alexandre Padilha (Saúde), Aloizio Mercadante (Educação), Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Marta Suplicy (Cultura). Haddad aproveitou a presença de Dilma para defendê-la das críticas que vem recebendo da oposição por reduzir a conta de luz no país. Aliás, começou seu discurso lembrando o pronunciamento da presidenta na última quarta-feira, em que confirmou os cortes.

"Quero cumprimentá-la, porque muita gente duvidou que fosse possível acontecer o inimaginável. Todo mundo sempre ouviu falar de aumento de tarifa de serviço público. Mas a senhora reduziu", frisou Haddad. "Nada mais justo do que devolver ao povo o que o povo construiu com o suor do seu rosto." O prefeito lembrou que o dinheiro gasto pela população com as tarifas elétricas servem para auxiliar o custeio da construção de usinas hidrelétricas. "Agora que os contratos já venceram e que está pago o investimento, vocês vão reaver o dinheiro."

Assim como fez durante seu pronunciamento oficial na tevê, Dilma pediu aos brasileiros que não acreditem nos "pessimistas" que duvidam que o país está crescendo – e crescerá mais. "O Brasil vai crescer e cada vez mais vai garantir emprego e renda para sua população", reforçou, antes de interromper seu discurso por causa do temporal que começava a cair na região. "Abaixamos a conta de luz porque podíamos, e isso vai ser uma coisa boa pro Brasil continuar crescendo."

Antes de ir à zona leste de São Paulo, Dilma Rousseff esteve do outro lado da cidade, no Palácio dos Bandeirantes, onde anunciou junto com o governador do estado, Geraldo Alckmin, a construção do Centro Paralímpico Nacional na região do Ipiranga, zona sul da capital. "Um país como o nosso só terá a sua dimensão projetada e reconhecida, não só por valores econômicos, mas por valor moral, com as pessoas podendo e realizando plenamente suas potencialidades."

A licitação para o complexo paradesportivo deve ser lançada em maio e a inauguração está prevista para 2015. O complexo terá quadras de vôlei e basquete, campo de futebol, tatame de judô e complexo aquático com piscinas olímpicas e semiolímpicas, além de academia para condicionamento físico dos atletas. Também está prevista área de alojamento para até 284 pessoas, em quartos individuais e coletivos.

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